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"Homenagem a John Cage e aos plagiários
por antecipação em Portugal e Espanha (1903 – 1936)"

“I have nothing to say and i am saying it” 

29 de Maio de 2018

Colégio dos Jesuítas

Universidade da Madeira

John Cage (1912 – 1992) Compositor, teórico musical, escritor e artista norte-americano, passou pela Madeira a convite do Cine Fórum do Funchal – Círculo de Cultura Musical (Dr. José Maria Silva) com a “Merce Cunningham Company”, celebrando dois concertos no Teatro Municipal Baltazar Dias em Maio de 1981 com o apoio, entre outras instituições, da Fundação Calouste Gulbenkian. Nesta digressão europeia, as cidades de Lisboa e Funchal tiveram a oportunidade de presenciar as peças “Event 1” e “Event 2”, que contaram com a participação dos bailarinos: Cunningham, Karole Armitage, Louise Burns, Ellen Cortfield, Susan Emery, Lise Friedman, Alan Good, Neil Greenberg, Catherine Kerr, Chris Komar, Judy Lazaroff, Joseph Lennon, Rob Remley, Robert Swinston, Megan Walker, dos músicos: John Cage, David Tudor, Martin Kalve, Takehisa Kosugi. Direcção artística de Mark Lancaster e Produção de Charles Atlas.

Reconhecido pelo seu mérito associado a um pioneirismo de vanguarda no que diz respeito à composição da música aleatória e electroacústica, assim como a uma prática exploratória e experimental muito vasta. Cage utilizou vários instrumentos não convencionais, bem como deu uso não convencional a instrumentos convencionais, sendo considerado uma das figuras chave das vanguardas artísticas do pós-guerra. A sua influência é notória no campo híbrido das artes visuais e da música, iniciando esta aventura no Black Mountain College onde conhece Merce Cunningham, Robert Raushenberg, David Tudor, Elaine de Kooning, Josef Albers, Buckminster Fuller,  entre outros. É continuador do movimento neo-dadaísta “Fluxus” onde colaborou com artistas como: George Maciunas, Dick Higgins, Nam June Paik, Yoko Ono e ainda com colegas compositores, entre os quais: Henry Cowell, Lou Harrison, Arnold Schoenberg, Karlheinz Stockhausen, Morton Feldman, Pierre Boulez, Luciano Berio, Luigi Nono…conviveu com o mítico Marcel Duchamp. Dedicou grande parte da sua vida ao trabalho conjunto com o companheiro e coreógrafo Merce Cunningham.

O ciclo de conferências “I have nothing to say and i am saying it” (Homenagem a John Cage e aos plagiários por antecipação em Portugal e Espanha, 1903 – 1936), pretende o reviver deste contexto histórico especial, concentrando o universo da vanguardas na ilha. Para além deste ser o eixo central de todas as atividades, o subtema associado pretende reunir os antecedentes verificados na vanguarda ibérica (Espanha e Portugal), onde se inscrevem algumas intervenções que poderão ser ampliadas mais tarde nas obras do compositor norte-americano. Entre este grupo de antecedentes, que reúne poesia, performance e música, recuperam-se vários autores: Severino Pérez Vázques, Isaac Albéniz, Victorio Macho, Melitón González (Pablo Parellada), Mário de Sá-Carneiro, Carmen Barradas, Ramón Gómez de la Serna, Banda El Empastre.

Conferências: Miguel Molina Alarcón, Paulo Esteireiro, Carlos Valente, Pau Pascual Galbis, Vítor Magalhães.

Intérpretes: Dubravka Mindek, Aniko Harangi, Irene Rodrigues, Teresa Norton, Jorge Maggiore, José Manuel Barros, Jorge Luis Mendoza, António Plácido, Gabor Bolba.

Compositores: Jorge Maggiore, Pedro Macedo Camacho, João Pedro Pupo, Rodrigo Camacho.

Design: Paulo Freitas

Webdesign: Filipe Gomes

Organização:

Duarte Encarnação
Licenciatura em Artes Visuais
Prof Auxiliar, Faculdade de Artes e Humanidades

Miguel Molina Alarcón
Prof Catedrático, Departamento de Escultura, Facultad de Bellas Artes .
Universitat Politècnica de València

 

PROGRAMA GERAL

APRESENTAÇÃO

Apresentação: Prof. Doutor Duarte Encarnação
(Departamento de Arte e Design/FAH/UMa)

Palavras de Homenagem ao Dr. José Maria Silva (Director do CINE FORUM) – “4’33” para Dona de casa”.
Doutora Dubravka Mindek, Docente da Faculdade de Estudos Sociais, Universidade Autónoma do Estado de Morelos (México)

ABERTURA

– “Plagiários por anticipação pré-Cage em Ibérica (1834-1936)”
Prof. Catedrático Miguel Molina Alarcón Faculdade de Belas Artes de San Carlos, Universitat Politècnica de València

COMUNICAÇÕES

– «Valores na criação da obra de arte musical: a inovação, a vanguarda e a falta de “propósito” em John Cage»

Doutor Paulo Esteireiro : Investigador Integrado (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, UNL/FCSH)

Ao longo da história da música, os compositores valorizaram diferentes elementos musicais e sociais nas suas obras. Na idade média, os tratados demonstravam a valorização da construção de escalas consonantes e a relevância da comunicação com o divino. Nos períodos seguintes, do Renascimento ao Romantismo, os tratados centraram-se em questões como o ritmo, as consonâncias harmónicas e a construção de acordes, as relações entre ritmos das palavras e ritmos das melodias, as componentes de uma melodia, a orquestração ou a expressão de emoções. Na transição do século XIX para o XX, com o modernismo musical, os compositores começaram a cultivar como valor central nas suas composições a inovação e o estar à frente do seu tempo. Esta ideia surge já com Wagner em “A Obra de Arte do Futuro”, que influenciou bastante Schönberg, professor de Cage, sendo central no seu texto “O Futuro da Música: Credo” (1937), onde se nota a influência do compositor francês Edgard Varèse. Ideias como o som musical deve ser entendido no seu sentido mais amplo, incluindo todo o tipo de ruídos e sons como matéria para a composição, levaram Cage a explorar novos tipos de sonoridades e a desenvolver uma escrita musical gráfica, afastada dos padrões convencionais, de modo a permitir ao compositor escrever os sons inovadores com que se confronta neste novo paradigma. Cage evoluiu para um tipo de composição musical em que não deveria haver influência do compositor na definição da interpretação da obra musical. Assim, desenvolveu um conjunto de estratégias, que desencorajassem o “propósito” do compositor.
Palavras-chave: John Cage; Valores de uma composição; tratados musicais; inovação e vanguarda.

– Arte, Conceito e Filosofia. Aproximações a um experimentalismo teórico

Prof. Doutor Carlos Valente (Departamento de Arte e Design/FAH/UMa)

O modernismo introduziu no campo artístico a consciência de uma essência estética de caracter purista e, sobretudo, uma espécie de autoconsciência acerca do(s) campo(s) teórico(s) e filosófico(s) onde os próprios artistas se movimentam. A partir do suprematismo de Malevich e da postura duchampiana, a reflexão sobre o que é, o que não é, e o que pode ser arte, abriu caminho a um posicionamento experimental que permite aos criadores “deambular” entre teoria e prática. Quebram-se assim dicotomias estanques e abre-se espaço para as diversas formas de conceptualismo que perpassam toda a arte do século XX, e que permanecem hoje, multifacetadas e sinuosas, enquanto lugares do “filosofar” em ação, de uma atitude estética ao mesmo tempo idealista e pragmática. Esta comunicação pretende “deambular” por aí.

– “Tacet: Revolução! Apontamentos sobre John Cage”

Prof. Doutor Pau Pascual Galbis, Director da Licenciatura em Artes Visuais (Departamento de Arte e Design/FAH/UMa)

Alguns comentários sobre a obra anárquica do compositor, artista e teórico norte-americano, John Cage. Emancipador dos ruídos e do silêncio, que une a vida e a arte. Sua música não quer comunicar nem expressar nenhuma emoção. São eventos acústicos que pretendem a procura do equilíbrio e da paz entre o público. Um vaziado de todo afecto e desejo, que derivam para um minimalismo ético, ascético e religioso dos sons em seus formas mais puras e neutrais. Além disso são trabalhos que estão influenciados pele azar, o humor neo-dadaísta e o pensamento oriental. Também de inquirir na mesma essência da música: o tempo, e de considerar de novo a condição do compositor e intérprete, a noção de autor e obra, o processo estético-musical cénico, modificação na instrumentação e aplicação da electroacústica. Em conclusão um criador que inspirou a várias gerações de artistas, liberando ao universo sonoro da escravidão das tradições musicais ocidentais.

– “O silêncio é perceptível! 14 movimentos em torno de John Cage”

Prof. Doutor Vítor Magalhães (Departamento de Arte e Design/FAH/UMa)

Terá sido o silêncio de John Cage sobrevalorizado? Muitas das práticas artísticas a partir dos anos sessenta tiveram contacto, directo ou indirecto, com as propostas experimentais e inconvencionais de um autor tão prolífero quanto ambíguo. De que modo este diálogo se refletiu, e continua a refletir, em certas obras contemporâneas? E quais as possibilidades existentes nas diversas abordagens, em distintos contextos, que perscrutam outros territórios sonoros, fora dos formatos habituais? Estas e outras questões farão parte desta apresentação, que incidirá também no contexto português.

Palavras-chave:
Cage; silêncio; som; ruído; arte contemporânea; territórios sonoros.

PROGRAMA CONCERTO

Sala dos Arcos

17h

Documentário de Elliot Caplan “Cage/Cunningham” Produced by Cunnigham Dance Foundation, 1991 Dur. 95 min.

Primeira PARTE

John Cage (1912 – 1992)

Concerto às 19 H Sala dos Arcos, Colégio dos Jesuítas

  • “Engaged In” (piano preparado) – Composição inspirada em John Cage, 4:33’’ min. compositor e intérprete: Jorge Maggiore
  • Sonata for clarinet (1933) de John Cage. Dur.: 4’30’’ min. intérprete: José Manuel Barros, clarinete.
  • “The Wonderful Widow of Eighteen Springs” (1942) Duração: 2:39’’ min. intérpretes: Aniko Harangi (piano) e Ana Irene Rodrigues (saxofone soprano)
  • 4’33’’ (1952) de John Cage. Dur.: 4’33’’ min. intérprete: Jorge Maggiore (piano)
  • Water Walk (1959) de John Cage. Dur.: 3’’ min. intérprete: Jorge Luis Garcia Mendoza (piano e objectos vários)

[Composições inspiradas em Cage]: Compositores Convidados

Máx de duração 4:33’’ (antíteses do silêncio)

Pedro Macedo (compositor) “Outo f the Cage”, 3,00’’
(intérpretes, Aniko Arangi, Pedro Macedo, Jorge Maggiore)

  • Projecção
    João Pedro Pupo, (compositor) Music of Changes, Dur.: 4:33’’
    Rodrigo Camacho (compositor) Exemplar nº 1, Dur.: 3,16’’
  • Movimento
    Teresa Norton, “O silêncio do gesto” interpretação livre, Dur.: 3 a 5’’ (aprox) acompanhada por Gabor Bolba (contrabaixo)

Segunda PARTE

Antes de John Cage, em Portugal e España

  • La cuerda sensible a manera de eco (1903) de Severino Pérez Vázquez (1840 – 1915), 1 min. Intérprete: Miguel Molina Alarcón (artista)
  • ¿Por qué no toca usted un baile señor Albéniz? (ca. 1903) de Isaac Albéniz (1860 – 1909). 2 min. Intérprete: Jorge Maggiore (percussão)
  • Sinfonía argentiférica (ca. 1907) do escultor Victorio Macho (1887 – 1966). Dur.: 1 min. Intérprete: Miguel Molina Alarcón (artista)
  • El desierto. (do artigo: El Ruidismo, 1915) de Melitón González (1855 – 1944) (pseudónimo de Pablo Parellada). Dur.: 2 min. Intérprete: José Manuel Barros (clarinete)
  • Corro então para a rua aos pinotes e aos gritos (final del poema Manucure, 1915) de Mario de Sá-Carneiro (1890 – 1916). Publicado no número 2 da revista Orpheu (1915). Dur.: 2 min. Intérprete : António Plácido (actor)
  • Espera el coche (para piano e guizo, 1923) + Zíngaros (para piano e pulseira de aros de prata, 1922) de Carmen Barradas (1888 – 1963). Dur.: 2 min. + 1 min. Intérprete: Aniko Harangi (piano)
  • Suena a féretro (greguería sobre o piano, 1936) de Ramón Gómez de la Serna (1888 – 1963. 1 min. Intérprete: Miguel Molina Alarcón (artista)
  • Trucos musicales (1915-1950) de la Banda “El Empastre”. 3 min. aprox.

Truques Musicais.

Intérpretes: Miguel Molina Alarcón, Jorge Maggiore, Jorge Luis Mendoza

  • Acção-Final Homenagem a John Cage (todos).

APOIO CIENTÍFICO

Agradecimentos ao Ministerio de Economía y Competitividad del Gobierno de España (Projeto ref. HAR2014-58869-P)

PARCEIROS

APOIOS:

AGRADECIMENTOS:

  • Ana Isabel Moniz
  • Sílvio Fernandes
  • Joaquim Pinheiro
  • Énio Freitas
  • Ricardo Câmara
  • Cristina Camacho
  • Rui Gomes
  • Roberto Sousa
  • Fátima Spínola
  • Rodrigo Sousa

Alunos colaboradores da Licenciatura em Artes Visuais:

  • Patrícia Vieira
  • Celina Fernandes
  • Sandra Silva
  • Michael Marques

Estão disponíveis os termos da legislação aplicável relativa ao processamento de dados pessoais, nomeadamente o Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Abril de 2016 (RGPD).

link RGPD da oneline 

Duarte Encarnação

Doutorado em Bellas Artes, Programa de Artes Visuales e Intermedia, com a tese: “Expansiones del híbrido escultura / arquitectura: Cartografias de un Arch-Art como respuesta al arte público crítico”, UPV, Universitat Politècnica de València – Facultad de Bellas Artes de San Carlos, Departamento de Escultura, orientado por Miguel Molina Alarcón e Empar Cubells Casares.

defesa:València, 13 de Julho de 2010, com a classificação de Sobresaliente Cum Laude.

Registo do Doutoramento em Portugal pela Universidade de Évora, 16 de Maio de 2011

Na sequência da investigação para a tese de doutoramento tem realizado visitas de estudo nas cidades de Londres, València, Madrid, e Lisboa.

Licenciado en Bellas Artes (Licenciatura em Artes Plásticas variante em Escultura, homologada em Espanha) Título homologado pelo Ministério de Educación. Dirección General de Política Universitária, Subdirección General de Títulos y Reconocimientos de Cualificaciones, 5 de Abril de 2011

Miguel Molina Alarcón

(Nacido en Teatinos-Cuenca, 1960. Vive en Valencia-España desde 1979).
Actualmente Catedrático del Dpto. de Escultura de la Universitat Politècnica de València y Director del grupo de investigación Laboratorio de Creaciones Intermedia (LCI) de dicha universidad.
Profesor de la Facultad de Bellas Artes de Valencia desde 1986. Imparte docencia de “Arte Sonoro” en Grado y en el Master de Artes Visuales y Multimedia (AVM) y en el Master en Música (Dpto. DCADHA). Ha dirigido más de 30 tesis doctorales.
Como artista ha desarrollado su trabajo inicialmente dentro del campo de la escultura y del arte público hasta 1998, posteriormente se ha vinculado con el arte sonoro y la música electroacústica, con la participación en eventos nacionales y festivales internacionales (Francia, Japón, Venezuela, Chile, México, etc.). Como investigador ha abordado diferentes estudios interdisciplinares de relación de la escultura con el cine de animación, con la fotografía, el vídeo y el arte sonoro.
Web grupo de injvestigación LCI: https://www.upv.es/intermedia/
-Videos conciertos y performances: https://www.youtube.com/user/intermedia0/videos

DUBRAVKA MINDEK

Croata radicada no México, é doutorada em antropologia social pela Escola Nacional de Antropologia e História (México, DF). Desempenha funções docentes como Professora investigadora titular na Faculdade de Estudos Superiores de Cuautla, Universidade Autónoma do Estado de Morelos. Os seus principais temas de interesse são a família, matrimónio, género e migração internacional. Como investigadora ou consultora trabalhou estes temas nos últimos 20 ano, tendo publicado sobre os mesmos em revistas especializadas, compilações ou monografias, em espanhol, inglês y croata.  Além disto, tem colaborado em programas de Mestrado e Doutoramento em imagem, arte, cultura e sociedade na sua terra natal. É membro do Sistema Nacional de Investigadores do México.

Pau Pascual Galbis

Diretor da Licenciatura em Artes Visuais na Universidade da Madeira (Portugal). Realizador e Professor Auxiliar de Arte e Meios Audiovisuais. Doutoramento em Artes Visuais e Intermédia na Universitat Politècnica de València (Espanha) e Estudos de animação na Southampton Solent University (Reino Unido). Também lecionou nas universidades de UNICACH no México e na UASD na República Dominicana. Membro do grupo de investigação CUCRA-ULL da Universidad de La Laguna (Espanha), UMa-CIERL (Portugal) e colaborador do grupo Estudios sobre Arte y Cultura: Pensamiento Contemporáneo da UNICACH (México). Linha de investigação: Gothic Studies aplicados ao vídeo musical experimental, cinema, videoarte e animação independente. No âmbito profissional destaca-se que foi diretor de numerosas produções independentes dirigidas à experimentação, assim como também elaborou documentários de criação pela Televisão de Catalunya-TV3, junto à produtora Paral·lel 40, e para o Canal 10 TV-Chiapas com a produção do Centro Universitário de Estudios Cinematográficos CUEC da UNAM no México. Na sua filmografia pessoal domina um olhar poético da realidade mais próxima, como também de um discurso onírico marcado pela memória e a antropologia. Seleccionado e premiado em vários festivais, mostras e exposições internacionais.

Vítor Magalhães

Nasceu no Funchal em 1971. Doutorado em 2007 em Estética e Teoria da Arte/Comunicação Audiovisual pela Universidade de Castilla-La Mancha com a tese intitulada Propostas para uma Poética da Interrupção na imagem em movimento. Entre 2001 e 2005 foi-lhe atribuída uma bolsa de Doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia em Humanidades/Estudos Artísticos. Licenciado em Artes Plásticas/variante Pintura, em 1999, pela Universidade da Madeira (UMa). Exerce, desde 2008, as funções de professor auxiliar na Faculdade de Artes e Humanidades, Departamento de Arte e Design, da UMa. É o atual Presidente do Conselho de Cultura da referida instituição. O enfoque principal da investigação que tem vindo a desenvolver situa-se nos pontos de contacto entre cinema, práticas experimentais e arte contemporânea. A sua prática artística abrange diferentes áreas como: vídeo, fotografia, desenho, instalação e arte sonora. Ver site com informações mais pormenorizadas: <http://www.v-magal.com/>.

Carlos Valente

É Professor Auxiliar na Universidade da Madeira (UMa), e leciona nas áreas de Estética e História da Arte. Possui Doutoramento em Estudos de Arte – com especialização em Teorias e Tecnologias da Imagem (2007). Possui também Mestrado em História – especialização em História da Arte (1999). Tem vindo a fazer investigação no campo da História das Artes Plásticas na Madeira, nomeadamente estudos sobre a representação da paisagem madeirense na pintura, desenho, fotografia e cinema. É membro do CIEBA, Faculdade de Belas Artes de Lisboa e do CIER, Universidade da Madeira. Mantém uma prática artística continuada desde 1987, onde vem utilizando a linguagem do vídeo e da instalação em diversas mostras coletivas, e de que é exemplo a sua participação na exposição coletiva Exposição Prolongada à Luz, no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, em 2010. Tem organizado colóquios, encontros, exposições e debates, destacando-se o comissariado da exposição coletiva What is Watt, (2001- 2007) no Museu de Arte Contemporânea do Funchal e no Museu da Eletricidade. É presidente da comissão organizadora do Encontro Internacional Cinema e Território, que teve a sua quarta edição, no Funchal, em 2017.

Paulo Esteireiro

É Chefe da Divisão de Investigação e Multimédia da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia. É licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa, tendo obtido nos estudos de mestrado e doutoramento a classificação máxima por unanimidade do júri. Entre as suas publicações destacam-se As Artes Performativas no Funchal, Estudos sobre Educação e Cultura, Uma História Social do Piano, Músicos Interpretam Camões, 50 Histórias de Músicos na Madeira, Regionalização do Currículo de Educação Musical e três livros de composições para Braguinha. É coordenador da Coleção Madeira Música, série editorial que publicou dez CD-ROM com obras musicais históricas madeirenses. Foi autor e coordenador da série documental Músicos Madeirenses para a RTP-Madeira (12 documentários). No domínio da comunicação social foi colaborador do Jornal de Letras, Artes e Ideias, da revista Ópera Atual, do Diário de Notícias da Madeira e do Jornal da Madeira. Realiza regularmente comunicações e conferências em congressos especializados de artes e educação (Portugal, Itália, Escócia, Áustria, Estónia, Polónia, Brasil).

Ana Irene Rodrigues

Nasceu na Venezuela, em 1986 e aos cinco anos foi viver para Portugal, na ilha da Madeira. Em 2004 concluiu o Curso Profissional de Instrumento no Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, sob orientação de Duarte Basílio. Integrado no Curso Profissional, realizou um estágio de um semestre na Escola Superior de Artes do Espetáculo do Porto, sob orientação dos professores de Saxofone: Henk van Twillert e Manuel Silva. Licenciou-se pela Escola Superior de Música de Amesterdão, ainda sob orientação de Henk van Twillert e mais tarde sob a orientação de Arno Bornkamp. Integrou durante um semestre, o programa ERASMUS em Milão, onde estudou sob orientação de Mario Marzi, no Conservatorio di Musica Giuseppi Verdi. Durante o seu percurso trabalhou com artistas/pedagogos na área do saxofone: Claude Delangle, Vincent David, Jean-Dennis Michat, Jean-Ives Formeau, Nicolas Prost, Francisco Martinez, Gil Meijering, Tjako van Schie, para além dos já referidos Henk van Twillert Arno Bornkamp e Mario Marzi.

Aniko Harangi

Natural da Hungria iniciou os seus estudos de piano, aos 7 anos. Em 1992 formou-se com distinção como professora de piano e executante de música de câmara na Escola Superior da Música ‘Franz Liszt’, na cidade de Debrecen. Desde 1993 que leciona piano de música de câmara e é pianista acompanhadora, no Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira. Apresenta-se com regularidade e fez já gravações para a rádio e televisões húngara e portuguesa. Colaborou em várias Masterclasses com músicos internacionalmente reconhecidos, e participa frequentemente nos recitais do Encontro Internacional de Clarinete de Lisboa, organizado pela Associação Cultivarte, onde realizou concertos com artistas mundialmente reconhecidos desde Boston, Barcelona, Croácia, Nova Iorque e Paris. Encontra-se em permanente atividade como pianista em concertos com várias formações de música de câmara.

José Barros

Nasceu na ilha da Madeira. Iniciou os seus estudos musicais na Banda Municipal de Câmara de Lobos – Recreio dos Lavradores, mais conhecida por “música velha”, tendo depois ingressado no conservatório na classe de clarinete do professor Raul Serrão e Robert Bramley. No ano de 1996 entra para a Escola Superior de Música de Lisboa na classe de clarinete do professor Manuel Jerónimo e Carlos Alves, solista A da orquestra nacional do Porto.
Entre os  anos 1993 e 1997 participou nos estágios de verão da orquestra sinfónica juvenil e durante os anos de 1997 a 1999 foi membro efetivo da mesma.
Participou em diferentes masterclasses e combos com os professores: António Saiote, Nuno Silva, Étienne, Luís Gomes entre outros.
Desde o ano de 1999 exerce funções de professor de clarinete no conservatório de música da madeira, participando nos núcleos desta escola.
Exerce desde 2000 as funções de 2º clarinete na Orquestra Clássica da Madeira (OCM) e membro do quinteto de sopros atlântida, que tem vindo nos últimos anos a estrear composições específicas para esta formação.
Tem como objetivo a partilha dos seus conhecimentos com os seus alunos, para que possam adquirir mais e melhores competências e metodologias de ensino no clarinete atual.

Jorge Maggiore

Nasceu em 1975 na Madeira, licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa (ESML, 2003). Estudou Composição com os professores António Sousa Dias, Sérgio Azevedo, António Pinho Vargas e Luís Tinoco e Orquestração com Roberto Perez. Finalizou o Curso de Jazz do Hot Club de Portugal em protocolo com o Conservatório Escola das Artes Luís Peter Clode em 2007.  Em workshops vários teve contacto direto com compositores e intérpretes tais como: Jean Claude Risset, Emmanuel Nunes, Christopher Bochmann, Salvatore Sciarrino,
Godfried-Willem Raes, Dennis González, Akiko Pavolka, Ohad Talmor, Rudy Royston, Pedro Moreira, Bruno Pedroso, entre outros. Atualmente lecciona e/ou leccionou no Conservatório Escola Profissional das Artes da Madeira (CEPAM) disciplinas Teóricas várias, assim como Percussão/ Bateria nos respectivos Cursos Especializado, Profissional e Livre de Jazz.

Tem investido mais na área da Performance. Embora com composições sobretudo na área do Jazz, também compõe música erudita contemporânea (Chorale e Disitegrazione, 2009., Sketches, Figures and Landscapes 2017). Enquanto baterista participa ou participou em projectos vários como: Caos (Rock); no campo do Jazz, G’Bap; Jorge Borges Quintet; Luís Filipe Vieira Trio; e Madeira Jazz Collective (- plataforma de composição jazz de raiz, original e inédita para compositores e intérpretes madeirenses). Blackout, de improvisação livre; Desalignée Poupée; Cine Qua Non, improvisação cinematográfica como “partitura” de banda sonora também ela improvisada em diálogo reflexivo com a narrativa das imagens, in loco e ao vivo; Vortex Lab, de improvisação livre; Bossa Livre, clássicos da Bossa Nova (Brasil).

 

Pedro Camacho

Nasceu na ilha da Madeira, em 1979 viveu rodeado de entusiastas do cinema, da música pop dos anos 80, da música clássica e de jogos de computador. Fez a sua primeira composição aos dez anos de idade, utilizando computadores. Desde então, compor música, ir ao cinema e jogar no computador é algo que o acompanha sempre. Aos quinze anos de idade, iniciou os seus estudos de música clássica com o maestro e compositor argentino Roberto Pérez, bem como as suas lições de piano com o pianista croata Robert Andres (PhD). Concluídos os estudos na Madeira, Pedro rumou a Lisboa para continuar os seus estudos no Conservatório Nacional de Música com o compositor Eurico Carrapatoso e a pianista Melina Rebelo. Graduou-se em 2001, mas continuou a trabalhar com Carrapatoso até 2006, partindo para Boston, Berklee College of Music, onde estudou música para filmes. Pedro é já um reconhecido compositor internacional.

 

Rodrigo Camacho

Nasci em 1990 no Funchal. Sou compositor, artista audiovisual e designer de performance. A um nível mais lato a tudo também como empreendedor cultural, tendo sido autor, gestor e líder de vários projetos. Ganhei um British Composer Award em 2013 e nunca mais concorri a prémio que fosse. Em 2014, fundei o New Maker Ensemble na Goldsmiths, Universidade de Londres. O NME hoje funciona como um laboratório para criação, programação, produção, performance e promoção de música e arte performativa contemporâneas. Sou, com Sara Rodrigues, co-diretor do grupo e desenvolvo com ele projetos que promovem os seguintes valores: questionar profundamente as razões pelas quais se faz o que se faz; conhecer os contextos culturais em que se produzem deferentes formas de arte; conhecer e dominar a gramática das várias culturas de produção artística; possuir as competências técnicas para produzir arte com especificidade e rigor; planificar e organizar recursos e esforços de forma eficaz; disseminar e promover ativamente a importância daquilo que se faz.

 

Teresa Norton

Nascida em Beira, Moçambique, faz a sua formação académica e artística entre aquela ex-colónia portuguesa, Portugal Continental e Insular e Londres, em Inglaterra. Incentivada pela sua mãe, cedo descobre a sua vocação para a dança, estudos que a levam até aquele país anglo-saxónico e em tourneé pela Europa, tendo para o efeito interrompido os seus estudos académicos no primeiro ano de licenciatura, retomados aquando do seu regresso e já em 1988. Quebradas as expectativas de uma carreira na investigação, ambição que estimulara no seu percurso académico da licenciatura em História, variante de História da Arte, pela Universidade de Lisboa, embarca de forma empreendedora numa aventura empresarial que deixa em 2000, quando da sua ida para o Funchal, na ilha da Madeira, para integrar um novo projeto no Ensino Profissional e Artístico e a direção artística da Companhia de Bailado da Madeira no Conservatório-Escola Profissional das Artes da Madeira-Eng.º Luiz Peter Clode. Em 2001 integra os quadros da Escola Profissional Atlântico no Funchal e, em 2003, funda a Associação Artística de Educação pela Arte na Madeira e o seu núcleo artístico Trans(form)art, a cuja direção preside até à sua extinção, em dezembro de 2012. Desde 2004 que exerce funções na Universidade da Madeira.

 

João Pedro Pupo

Nasceu na ilha da Madeira em 1989 e residiu na Camacha até 2016. Concluiu a licenciatura de Arte e Multimédia na Universidade da Madeira, tendo, ementes, feito Erasmus em 2015 na faculdade de Belas Artes da Universidade de Vigo, em Pontevedra, Galiza, onde apresentou o trabalho final de curso: A Grande Unificação. Paralelamente à sua formação oficial, com mais inclinação ao espectro visual, ingressou em vários grupos musicais tais quais: PinPointing Madness, Impulse Paradox, Godwin-Austen, e BREU, tendo lançado, com este último, o álbum Anakata. Mudou-se para Barcelona em 2016 para frequentar o Mestrado em Arte Sonora na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona, onde apresentou o trabalho de fim de Mestrado intitulado: Composición Axonométrica: un estudio de sonificación de edificios. Integrou em várias exposições colectivas, dentro das quais: I Used To See (Convent de Sant Agustí), Festival Mixtur (Fabra i Coats), e Check-In (Colégio dos Jesuítas). Em 2017 lançou um conjunto de peças intitulado Perdu dans le consonance chromatique, gravado e sonificado em Marselha, dentro do intercâmbio/residência artística Sketchem’ Up.

 

Gábor Bolba

Nasceu em 1960 em Budapeste. Foi na sua infância que apareceu a sua vocação para as artes. Frequentou o seu Curso Liceal na Escola Secundária de Belas-artes como gráfico. Entre 1967 a 1974 estudou na Escola de Música “ Weiner Leo “- em Budapest. Iniciou os seus estudos musicais aos 10 anos – frequentou aulas de volino. Começou os estudos de contrabaixo aos 18 anos, como aluno de Lajos Montag, Que era o fundador do Método de Ensino do Contrabaixo na Hungria e na Europa Entre 1981 e 1985 foi aluno do Conservatório de Música “ Sz.István” em Budapeste com o professor László Scunk. Em 1986 fez exames de admissão na Escola Superior de Música “Ferenc Liszt”em Debrecen, onde finalizou os seus estudos com o professor Károly Saru e recebeu o diploma em 1989.

Aos 25 anos foi admitido para a Orquestra Sinfónica MÀV que é uma das mais representativas orquestra de Budapeste.Participou em vários corsos nacionais e internacionais 1983 Sion – Suíça, entre 1984 – 1996 em Debrecen com os professors Ludwig Streicher Wofgang Guttler, Milos Gajdos Klaus Trumpf, Ovidiu Badila, David Walter, Gottfried Engels. A partir de 1989 continua a trabalhar com a Orquestra Sinfónica MÀV, que foi dirigida pelos maestros como  Kobaiashi Ken Ichiro, Zoltan Kocsis e Jurij Szimonov, tendo efectuado tournées em vários países da Europa. Em 1997 ingressa na Orquestra Clássica da Madeira como chefe de naipe de Contrabaixo e  toca também na Madeira Camerata, é professor de contrabaixo.

 

António Plácido

Nasceu em Angola e vive na Madeira desde 1976. Actor no Teatro Experimental do Funchal desde 1977, tendo realizado várias formações de teatro com professores do conservatório, escola de teatro e cinema. Participou duas vezes no FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica), integrado no TEF. Desde a data de ingresso, participação continuada em espetáculos, representando textos transversais, desde clássicos como Shakespeare ou Molière, passando por Bertold Brecht e Antoine de Saint- Exupéry (O Principezinho), até autores mais contemporâneos. Algumas experiências como ator de cinema e televisão com participação numa série de televisão, emitida na RTP, “Hotel Bom Séjour”; numa telenovela transmitida na TVI, “ A Flor do Mar” e num filme rodado no Porto Santo, com o mesmo nome, “Porto Santo”, Experiência como encenador, tendo feito formação para tal e tendo encenado alguns espetáculos de teatro, nomeadamente no grupo de teatro a “Lanterna” de Machico e no grupo “Teatro Experimental do Funchal” que é o grupo mais antigo e profissional da Madeira

. Presentemente integra como intérprete da palavra (diseur) os grupos “…apanhados com a boca na palavra” e “Vértice”.

          Entrou para a RTP em 1984, como assistente de realização, tendo desempenhado trabalhos de Realização e Produção até 2014, destacam-se, Talk Shows, cortejos alegóricos, programas de entretenimento, Concertos, Documentários, séries televisivas, spots publicitários, videoclips, festivais da canção, entre outros. Em 2014 trabalhou como assistente de produção, na qualidade de freelancer, para a série francesa, “Une Famille Formidable”

 

Jorge Luis Mendoza

Nasceu na Venezuela em 1967. Inicio os seus estudos musicais no sistema de orquestras juvenis da Venezuela como trompetista durante 5 anos, onde conclui o curso básico no instrumento, posteriormente começa a estudar percussão no conservatório Simon Bolívar e conclui o curso de percussionista clássico na modalidade de orquestra, participou em várias orquestras sinfónicas juvenis e profissionais e em diversos agrupamentos de música de câmara de percussão na Venezuela. Orquestra infantil Vicente Emílio Sojo, Orquestra Juvenil Juan José Landaeta, Orquestra profissional Gran Mariscal de Ayacucho, participou em diversos concertos como músico convidado em várias orquestras profissionais. Foi fundador do Grupo de percussão “tempo exato”, e em diversos agrupamentos de musica latina, pop, e folclórica. Em 1996 foi convidado para iniciar a cadeira de percussão no Conservatório de Música da Madeira, sendo o primeiro professor especialista de instrumento de percussão na ilha, onde cumpre funções como professor chefe da disciplina de percussão desde então ininterruptamente. É professor dos cursos profissionais de percussão clássica e jazz, coordena vários grupos de percussão dentro do conservatório, neste momento, é mastro titular da Orquestra de Sopros do CEPAM. Atualmente frequenta um curso de direção de orquestra e banda em Espanha.  Em 1997 foi convidado como timpaneiro para a Orquestra Clássica de Madeira e a partir do ano 2001 como percussionista principal na mesma orquestra onde fundou em conjunto com Rui Rodrigues diversos agrupamentos de música de câmara na orquestra Clássica, a saber: Ritmos e Sons, RGGB quarteto formado por dos contrabaixos  dois percussionista, atualmente FBI (Funchal Beat Investigation) com diversos solistas convidados,  atualmente pertence a vários agrupamentos na ilha da Madeira onde fundou a coletividade “Madeira Free Improvisation Community” em conjunto com Gabor Bolba e Norberto Cruz.

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